Quem é a Karin?

Nossa História

Me chamo Karin e esta é a história da minha jornada, uma saga de superação, descoberta e reinvenção, narrada através dos altos e baixos da minha vida.
Desde muito jovem, sempre fui fascinada pelo mundo dos trabalhos manuais. Cresci em um lar que esbanjava talento e criatividade minha mãe sempre com trabalhos manuais maravilhosos e minha avó que não tive o prazer de conhecer também dominava muitas artes manuais como mamãe.
Aos 13 anos, já ansiava por independência, e as dificuldades financeiras me impeliram a buscar trabalho cedo. Passei por muitas áreas ao longo dos anos, até encontrar meu lugar no setor financeiro. Parecia que finalmente havia encontrado meu caminho, mas tudo mudou rapidamente e bruscamente.
Sempre tive alguns problemas de saúde sérios e cheguei a ser hospitalizada dezenas de vezes, no entanto meu diagnóstico só veio em meados de 2010/2011, onde fui diagnosticada com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).
A descoberta do LES foi como um terremoto, sacudindo os alicerces da minha existência. Da noite para o dia minha realidade mudou e as dores foram se tornando cada vez mais constantes e difíceis, junto vieram muitos outros diagnósticos de outras comorbidades associadas a minha condição e fui forçada a abandonar minha carreira no setor financeiro e a enfrentar um mundo de incertezas, dor e limitações. Cada dia era uma batalha contra as dores, uma luta para encontrar um sentido em meio ao caos, e em meio a tantas dores físicas vieram também as emocionais. A depressão chegou e um cenário que jamais eu poderia prever se tornou ainda mais desafiador.

Como começou...

Me vi em um caminho com apenas duas saídas e acreditem nem sempre eu vi a tal luz no fim do túnel, mas sempre tive muita vontade de viver de superar e continuar e uma forma de terapia para desviar o foco da dor descobri o bordado eletrônico.
Minha primeira máquina e meu xodó, uma Singer Superb EM 200 e aliás tenho ela até hoje, se tornou de certa forma uma amiga, ela secou muitas lágrimas pois mesmo com muitas dores eu ia lá e mexia e até achava que bordava kkkkk. Me Lembro que nos primeiros dias quebrei muitas, mas muitas agulhas e perdi vários tecidos mas eu literalmente mergulhei de cabeça no mundo do bordado. No início, não havia cursos disponíveis, então aprendi na prática, enfrentando desafios a cada ponto.
Mas cada erro foi uma lição, cada desafio uma oportunidade de crescimento. Com os tratamentos minha condição foi melhorando, e quando não estava bordando usava meu tempo para estudar, e sim estudei muito, fiz cursos e aprendi programação, minha verdadeira paixão transformar meus pensamentos em desenhos e depois em peças maravilhosas. Com o tempo, tornei-me profissional na arte do bordado eletrônico, transformando minha paixão em uma fonte de renda e realização e aos poucos o bordado deixou de ser apenas uma terapia e se tornou minha fonte de renda principal. Trabalhando com matrizes de bordados personalizados, encontrei uma nova vocação, hoje, trabalho com matrizes de bordados personalizados e costura criativa, compartilhando minha arte e conhecimento com mais de 1850 alunas satisfeitas.
Cada projeto meu é uma expressão da minha jornada, um testemunho da minha resiliência e determinação. O processo de criar, desenhar e bordar não é apenas meu trabalho, mas minha terapia, minha fonte de alegria e inspiração. Hoje, olho para trás com gratidão por cada desafio enfrentado, por cada obstáculo superado. E enquanto continuo minha jornada, ensinando e inspirando outras pessoas, sei que cada ponto é um lembrete do poder da perseverança e da esperança.

Espero que minha história capture a verdadeira essência da jornada que percorri. Minha vida, longe de ser perfeita, ainda é marcada por desafios diários. Convivo com minhas patologias, e há dias em que a dor e a insatisfação parecem dominar. No entanto, algo profundo mudou em mim ao longo dos anos: compreendi que a única pessoa capaz de me limitar sou eu mesma.
Parar ou desistir nunca foi uma opção. Aprendi que, mesmo nos dias mais difíceis, é preciso seguir em frente. Esses momentos de escuridão eventualmente passam, e, quando o fazem, surge algo maior – o alívio e a satisfação de poder dizer: “Eu consegui, eu venci!”